terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Cárcere passional

Entre nós os pudores cínicos que criamos nos aprisionam ao quase. O medo de se entregar e se machucar me apavora e é só nisso que eu penso quando eu não consigo dizer que é com você que eu quero ser mais eu. Entre nós tem um muro cruel que não proíbe o toque, mas inibe a fala e o olhar sincero, destemido - louco pra te invadir, vulgarmente te despir...
Visualizo entre suas tripas o meu amor te expandindo, limpando suas entranhas, curando suas inseguranças, abrindo a sua mente e te libertando: Ilusão. Ficamos, então, na eminência do amor porque não amamos. A ausência da prática do amor entrava os músculos e impossibilita o abraço sincero, o roçar da língua deliciada. Esse amor pela metade, o amor que se limita a um só, não em interessa. Quero amar junto.