quinta-feira, 6 de maio de 2010

Um mundo distante

Imagine-se que em um mundo hipotético, muito distante daqui, a raça humana esteja sofrendo um colapso. Momento crítico. Uma raça dividida em dois povos. Dois povos que dividem o tempo, o espaço e as miseráveis condições de vida. Dividem, também, miseráveis ideologias. Ideologias já fracassadas que se mantêm mascaradas, maquiadas, corrompidas, mas que ainda assim disputam o poder. Disputam a liderança desse mundo de miséria e descrença, mas que com um bom “lancôme” se vê como um mundo de luxo. Os povos desse mundo alimentam ódio mútuo- e a si próprios- e discursam em bom tom e belas palavras de igualdade, esperança e amor a evolução patética do homem.Olham para o passado e se vêem filhos, olham pro futuro e se vêem pais.Nesse mundo o qual pais e filhos se matam, o passado é a certeza do retrocesso e o futuro é a incerteza da paz . Mundo de crianças pálidas no reino da ignorância onde até a esperança passa fome. Nesse mundo a natureza é limitada e um dia tudo isso vai acabar, ou melhor, os homens vão se acabar. Pois aconteça o que acontecer, o mundo vai voltar de alguma forma e dos dois, quem não irá resistir ao colapso, certamente, serão os homens. Mas eles não enxergam, pois é um mundo de cegos deprimidos, de comprimidos baratos, de homens que lavam a alma encardida em sessões cínicas de terapias incoerentes. Nesse mundo onde homens morrem pra matar o pior é a morte despercebida, em silêncio, pouco a pouco. Mas não se preocupe, esse mundo não é o nosso, lembra ?

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